terça-feira, 20 de julho de 2010

Às meninas de olhos profundos.

Sempre gostei de morenas fartas. De tez clara e longas mechas cacheadas. Fartas de vida, cheias de amor pela liberdade que sempre tive preso dentro do peito. Das mais altas às baixinhas, todas elas me encantam. Com o sorriso sempre aberto e o peito saliente, repleto de todo o orgulho e confiança que ali carregam junto ao coração.

Ó morena do sorriso fácil, tua liberdade me aprisiona.

E teus cachos me envolvem de tal maneira que sempre acabo voltando a ti, buscando o calor nos teus olhos profundos. Não me impressionam as loiras tristes, que tanto tempo dispendem em salões e academias ao passo que permanecem vazias na alma. As mulheres moldadas ao consumo masculino parecem sempre esconder algo. Imagino a loira esquálida, no silêncio da sala, a olhar o nada pela janela. A olhar e pensar. Pensar no nada sem estar meditando e a refletir. Mais no espelho que consigo mesmo. Estas escondem dramas que não despertam o interesse dos mais aventureiros, nem mesmo delas próprias quem sabe, nelas é tão profundo o espaço do mistério que não cabe a ninguém mais resgatá-lo.

Vejo as loiras deslumbrantes pelas ruas.

Nelas vejo a falta. Da minha menina de olhos profundos.

3 comentários:

  1. Zen informação, nem guerreiro pode ser identificado!
    quien es tu?

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  2. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  3. Meu caro!

    Este singelo lirismo bragadiano que enche o texto, me encantou!

    Parabéns! Texto lindo! =)

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